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EM CARTAZ - TEATRO

  • A liberdade é viva! A liberdade vale! A liberdade vence!

  • PEÇA DE TEATRO

    SOBRE A NOSSA LIBERDADE


    APRESENTAÇÕES PARA ESCOLAS:

    Teatro Maria Della Costa - Sol & Lua Produções - 3225 0566

    Atual e pedagógico


    Texto e Direção
    Marcus Vinicius de Arruda Camargo

    TEATRO

    Sob os ares dos ideais libertários , a peça voltada para o público jovem retrata o encontro de um velho ator e sua esposa com um grupo de estudantes que precisam fazer um trabalho com o tema  liberdade . Mesclando ficção e realidade, permeiam a trama personagens históricos como Frei Tito, Vladimir Herzog, Olga Benário entre outros.

    A nossa liberdade

    Raul (Theo Moraes) e Sonia (Samara Pereira) são dois artistas que participaram de movimentos políticos em 1968. Foram presos e torturados pela ditadura brasileira. Na biblioteca de sua casa recebem estudantes para realizar palestras sobre o movimento político brasileiro. São procurados por um grupo de estudantes que precisam fazer um trabalho escolar com o tema " Liberdade" . Misturando os anseios e dramas com humor e romance, os encontros se transformam em aulas vivenciais onde os alunos representam os grandes momentos e personagens da história política brasileira. Os estudantes Maria (Paloma Carvalho) e Rodrigo (Denis Dona) iniciam um relacionamento amoroso, conturbado com a presença de Suzy (Juliana Moscatini). A partir desse triângulo amoroso a liberdade dos jovens começa a ser discutida na prática.

     Aproximar o jovem da história política brasileira é um dos objetivos da peça. Mas não só. Mostramos que a história é viva, temos o poder de além de, preservar, interferir e mudar a história. O jovem sempre esteve presente na resistência às ditaduras e opressões, tanto na luta contra a escravidão negra com Castro Alves tanto no movimento guerrilheiro no Araguaia. Contextualizar a presença revolucionária do jovem na sociedade é um elemento relevante do texto. conta Marcus Vinicius.  O espetáculo é muito poético e feito para toda família. É uma grande viagem onde se incluem textos e músicas que marcaram nossa história. Não só falamos sobre liberdade, como também de Direitos Humanos. , completa o ator Theo Moraes que vive o velho ator Raul.

    Uma noite em homenagem a Vladimir Herzog

    Um longo levantamento histórico foi feito por Marcus para recriar o ambiente e os personagens que aparecem no espetáculo, que conta com a parceria do Instituto Vladimir Herzog que teve uma sessão especial no sábado dia 25 de setembro às 21h com renda revertida para a instituição.A noite contou com a presença de Ana Trigo - presidente do Instituto - e de Clarice Herzog (esposa de Vlado) e de seu filho Ivo Herzog. Muitos amigos marcaram presença entre lágrimas e aplausos. O Instituto Vladimir Herzog, organização social sem fins econômicos, foi criado oficialmente no dia 25 de junho de 2009. Um de seus principais objetivos é preservar a história recente do País, com foco especial a partir do Golpe de 1964 e manter a atenção sobre os graves problemas sociais, políticos e econômicos que ainda hoje afetam o Brasil. Pr isso, a missão do Instituto Vladimir Herzog é contribuir para a reflexão e produção de informação voltada ao Direito à Vida e ao Direito à Justiça.

    Abre as asas sobre nós

    Em cena, recriam-se momentos marcantes da história brasileira: a guerrilha nas matas do Araguaia, a deportação de Olga Benário Prestes, a prisão e a morte do jornalista Vladimir Herzog, as torturas sofridas pelo frei Tito. Simples, a cenografia usa mesas e bancos da biblioteca, que vão se movimentando e se compondo de maneiras diversas, sugerindo os ambientes onde se desenrola a trama: mata, navio, celas.. Na trilha musical, a tradicional música de protesto. Prá não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré, O Bêbado e a Equilibrista, de Aldir Blanc e João Bosco e Pesadelo de Maurício Tapajós e Paulo Cesar Pinheiro são algumas das músicas que compõem o repertório. Além de músicas compostas especialmente para a peça pelo diretor musical Daniel Conti. " Muitos jovens aprendem a tocar as músicas no violão e não conhecem seu contexto histórico" , conta o diretor Marcus Vinicius. O diretor se debruçou sobre as biografias de Olga Benário Prestes, frei Tito, Vladimir Herzog, Carlos Marighella, Lamarca, Alfredo Sirkis com "Os Carbonários" e de outros personagens da política, literatura e das artes em geral e usou esse material como base na criação de muitos das cenas da trama.

     A história brasileira está aí para ser aprofundada. Por muitos anos, e até hoje, só um lado teve a oportunidade de relatar os fatos. Ainda é uma ferida aberta. Veja o caso dos desaparecidos da guerrilha do Araguaia. As mães e famílias ainda imploram:  Onde estão nossos filhos?  conta Marcus. O elenco com 15 atores retrata ainda as passeatas de 1968, o AI-5, o seqüestro dos embaixadores da Alemanha e da Suíça em troca da libertação dos presos políticos, os instrumentos de tortura como o pau-de-arara e a cadeira do dragão. Segundo Marcus, não se trata de um painel. A intenção não é fazer do palco uma sala de aula. A história se integra a trama.  O velho ator Raul e sua esposa Sonia acabam influenciando a vida dos personagens e participando de várias decisões difíceis na vida do jovem; no namoro, na relação com os pais e entre eles mesmos , conclui.


    SERVIÇO:

    Cumpriu temporada no Teatro do Centro da Terra no 2° semestre de 2010

    Sextas às 21h30, sábados às 21h e domingos às 19h.
    Texto e Direção: Marcus Vinicius de Arruda Camargo.
    Theo Moraes, Samara Pereira, Paloma Carvalho, Denis Doná, Carol Ghirardelli, Gisela Estella, Juliana Moscatini, Débora Oliveira, Bruna Alvin, Alexandre Ell, Felipe Mattar, Fernanda Roscoe, Heitor Batelli, Juliana Sampaio e Tiago Gomes.
    Duração: 70 minutos. Capacidade: 90 lugares.
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    TEATRO DO CENTRO DA TERRA - Rua piracuama, 19.
    Mais informações: info@casacine.com.br

    Alameda Campinas, 1029 - São Paulo- Capital- tel. 11 30570924. Mais informações: info@casacine.com.br